O Colégio Batista de Aracruz, Espírito Santo, foi palco de uma iniciativa inspiradora com a apresentação sobre as abelhas nativas sem ferrão, conduzida pelos meliponicultores Guilherme Pivovar e Luana Medeiros, ambos associados à Associação AMECAP-ES. O evento despertou curiosidade e promoveu a conscientização ambiental entre alunos, professores e a comunidade escolar.
Durante a apresentação, os participantes tiveram a oportunidade de aprender sobre a importância dessas abelhas para a preservação da biodiversidade, sua contribuição essencial para a polinização e a produção de alimentos, além de sua relevância para práticas sustentáveis. A seguir, destacamos as percepções de alguns membros da escola sobre essa experiência transformadora.
Alunos do Colégio Batista de Aracruz descobrindo a fascinante estrutura interna de uma colônia e aprendendo sobre as diferenças entre espécies de abelhas nativas sem ferrão.
Impacto na Educação e Curiosidades Reveladas
Para Veronica Dorvalina Bernarda, professora de Ciências, o evento foi um marco no aprendizado dos alunos:
“O mais interessante foi descobrir que as abelhas nativas sem ferrão, como as que temos no Espírito Santo, são super importantes para a polinização de várias plantas e produzem um mel diferente e cheio de benefícios. Achei incrível como elas vivem organizadas e conseguem proteger suas colônias mesmo sem ter ferrão. Elas são essenciais para o equilíbrio da natureza e para a nossa alimentação.”
A apresentação também trouxe uma experiência prática enriquecedora, como destaca Veronica Dorvalina:
“Os alunos ficaram encantados ao descobrir tantas espécies diferentes de abelhas, algo que muitos não conheciam. Além disso, foi a primeira vez que muitos viram uma colônia de perto. Eles também se surpreenderam com os sabores diferentes dos méis produzidos, que puderam experimentar durante a degustação. Foi uma experiência nova e fascinante para eles.”
As expressões de surpresa e encantamento foram evidentes desde os primeiros momentos da apresentação, como relatou o meliponicultor Guilherme Pivovar:
“As expressões de surpresa e encantamento começaram a surgir assim que as crianças viram as abelhas em ação. ‘Olha como elas trabalham!’, exclamou uma das alunas, os olhos brilhando ao observar a colônia internamente e sua organização. A princípio, seu medo inicial se transformou em fascínio e admiração enquanto aprendiam sobre as diferentes espécies de abelhas, cada uma com sua importância singular.”
Conforme o evento avançava, o engajamento das crianças era evidente:
“Então elas se comunicam dançando?”, perguntou um aluno do colégio, enquanto tentava imitar o movimento das abelhas em um pequeno gesto de descoberta. Sua empolgação era contagiante!”
A alegria estampada nos rostos de Heitor e Pedro ao explorarem a estrutura interna da colônia e observarem de perto uma abelha rainha sem ferrão.
Conscientização e Sustentabilidade
Para a diretora pedagógica Sarita Montiel, o evento reforça o papel do colégio como promotor da educação ambiental:
“A Mostra Cultural é uma ótima oportunidade para conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da preservação do meio ambiente. Quando compartilhamos experiências e conhecimentos, como a importância de espécies locais e práticas sustentáveis, inspiramos ações concretas e incentivamos o cuidado com o meio em que vivemos, envolvendo tanto alunos quanto suas famílias.”
Sarita Montiel também acredita que o colégio pode se tornar referência na cidade:
“Com eventos como este, temos potencial para integrar práticas sustentáveis no dia a dia escolar e inspirar outras instituições a adotarem iniciativas semelhantes.”
A possibilidade de incluir temas sobre meliponicultura no currículo foi bem recebida pelos educadores. Segundo Veronica Dorvalina:
“Seria muito interessante incluir esses temas em projetos de Ciências, oficinas práticas ou visitas a meliponários. Os alunos poderiam aprender sobre manejo sustentável das abelhas, produção de mel e até explorar relações microscópicas dentro das colônias de abelhas nativas, conectando-os à biodiversidade local.”
Meliponicultores da AMECAP-ES ao lado do diretor do colégio Pr. Luciano Estevam Gomes
Benefícios para a Comunidade
Além de enriquecer o aprendizado em sala de aula, o evento foi visto como uma forma de impactar a comunidade local positivamente. Como ressaltou Sarita Montiel :
“Ao conscientizar nossos alunos, também estamos promovendo a preservação ambiental na comunidade. Isso inspira práticas mais sustentáveis em casa e fortalece o cuidado com o meio ambiente.”
A apresentação promovida pela Associação AMECAP-ES, através de seus associados meliponicultores, destacou a importância das abelhas nativas sem ferrão e despertou grande interesse entre os alunos do Colégio Batista de Aracruz. Mais do que um evento informativo, a iniciativa reforçou a necessidade de ações educativas que conectam os jovens à preservação ambiental e ao papel crucial das abelhas na biodiversidade e na sustentabilidade.
Com atividades práticas e interativas, como a observação de colônias de abelhas nativas e degustação de méis, o evento mostrou como a educação pode ir além da sala de aula, proporcionando experiências que incentivam práticas sustentáveis e a conscientização ambiental.
Iniciativas como essa posicionam o Colégio Batista de Aracruz como um exemplo de referência em educação ambiental, inspirando novas gerações a proteger a biodiversidade e a cuidar do futuro do planeta.